31 de Julho de 2009

A rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes vem deste modo demonstrar o seu desagrado e condenar as afirmações de Gabriel Olim, actual Presidente do Instituto Português do Sangue, numa entrevista publicada no jornal i de 30 de Julho.

Consideramos que o Presidente do Instituto Português do Sangue, que tem a seu cargo garantir a segurança do sangue recolhido em Portugal, basear-se em preconceitos e estereótipos para filtrar os potenciais dadores, ao invés de serem considerados os seus comportamentos de risco independentemente da orientação sexual, é de uma gravidade extrema.

As afirmações de Gabriel Olim não só ajudam a perpetuar a estigmatização de uma parte da população comummente discriminada, mas também implicam que menos sangue saudável chegue a quem precisa.

É urgente rever as linhas orientadoras do questionário aplicado aos potenciais dadores estabelecendo guias de conduta para os técnicos responsáveis pela sua aplicação, garantindo que não seja a orientação sexual motivo de exclusão mas sim a prática de comportamentos de risco, já que são estes sem margem para dúvidas que colocam em risco a qualidade do sangue e não se o relacionamento que o dador vive é com alguém do mesmo sexo ou de sexo diferente.

A Direcção da rede ex aequo