Comunicado

Pelo fim do genocídio em Gaza

10 novembro 2023

Contra a instrumentalização da comunidade LGBTI

Após décadas de violência perpetradas por forças Israelitas nos Territórios Palestinianos Ocupados, e enquanto se intensifica a situação de guerra em Gaza, vimos condenar os crimes de guerra cometidos pelo exército Israelita e a complacência dos países e grandes economias mundiais para com as atrocidades cometidas.

No decorrer da maior visibilidade dos conflitos armados neste território, e por entre agressivos ataques militares, as instituições Israelitas têm apelado aos valores da comunidade LGBTI, como método de tentativa de obter solidariedade e legitimizar o tratamento desumano e genocídio das pessoas palestinianas, como base para uma campanha de pinkwashing. Por mais que esta narrativa seja impingida, não nos consegue fechar os olhos. A guerra não é em nome da luta contra a LGBTI-fobia, é em nome das pretensões israelitas para a ocupação ilegítima de um território e o genocídio do povo palestiniano.

A embaixada Israelita em Portugal contactou diretamente várias associações e coletivos LGBTI portugueses para se posicionarem a favor da sua narrativa, condenando ativistas que não o façam, acusando-as de apoiar homofobia, antisemitismo e “terror brutal” por não seguir a sua linha de pensamento. Não mudaremos a nossa posição e seguiremos do lado das diversas marchas e movimentos que entendem claramente a realidade da atual situação e das quais orgulhosamente fazemos parte.

A comunidade LGBTI não é um instrumento de justificação de genocídios e nunca se colocará ao serviço desta narrativa. Enquanto associação LGBTI posicionamo-nos do lado dos direitos humanos e advocamos por um cessar-fogo como primeiro de muitos passos ainda necessários para a total libertação e desocupação.

O nosso compromisso envolve:

  • junção à campanha Boycott, Divestment, Sanctions - BDS, um movimento palestiniano que promove um boicote económico, cultural e académico a marcas Israelitas, através do compromisso de boicotar empresas e entidades chave que apoiem a opressão cometida nos Territórios ocupados por Israel, nomeadamente: Puma, Siemens, HP, entre outras

  • não-cooperação com embaixadas de países que tenham rejeitado a resolução das Nações Unidas para um cessar-fogo em Gaza, nomeadamente: Israel, EUA, UK, Áustria, República Checa, Croácia, Hungria, entre outras

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